A senadora manifestou descontentamento com o depoimento da servidora, que tentou tirar de si a responsabilidade sobre a fiscalização do contrato da Covaxin
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) externou a impaciência com o depoimento da servidora Regina Célia Silva Oliveira à CPI do Genocídio. Oliveira foi citada no depoimento dos irmãos Miranda como a responsável por autorizar e fiscalizar a importação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, apesar das divergências em relação ao contrato inicial.
Em depoimento, Célia tem evitado dar detalhes nas perguntas feitas pelos senadores e tem tentado tirar de si a responsabilidade sobre a autorização da compra da Covaxin. A todo momento, ela tentou atribuir a outros setores do Ministério da Saúde o dever de fiscalizar alguns elementos suspeitos do contrato.
“Não cheguei a analisar, não compete a mim”, disse Célia ao ser perguntada sobre o pagamento de uma terceira empresa. Segundo ela, não houve um questionamento específico por parte da divisão de importação do Departamento de Logística em Saúde.
“A senhora é fiscal de contrato. A senhora como fiscal de contrato acompanha toda a execução do contrato, lê o contrato, tem o conhecimento. É a fiscal! A senhora não viu isso? Não informou?”, questionou Gama.
“Se a sua função fosse eliminada da administração pública, ela faria alguma falta? Porque tudo que a gente pergunta, a senhora passa a responsabilidade para outra pessoa”, completou a senadora.
A parlamentar solicitou uma acareação do servidor Luis Ricardo Miranda, coordenador da divisão de importação, com a fiscal.