A pandemia causada pelo novo coronavírus não resultou em crise para o Grupo Mateus, um dos maiores atacadistas e varejistas do Nordeste. De acordo com informações oficiais, o grupo fechou os primeiros seis meses do ano de 2020 com crescimento de 27% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Abaixo, vídeo de como os supermercados do Paraguai estão encarando o coronavírus.
Na porta do estabelecimento, foi instalado uma pia com água e sabão para higiene das mãos.
Ao entrar, o cliente é recepcionado por dois funcionários, devidamente equipados com máscaras, que medem a temperatura do cliente e oferece álcool em gel para nova higienização.
O editor do blog recebeu neste sábado (21), dezenas de denúncias de funcionários do grupo Mateus que estão impedidos de usar máscaras durante o horário de expediente das unidades.
Como constatamos em várias unidades visitadas, nenhum operador de caixa estava usando o equipamento de prevenção.
“Estamos proibidos de usar máscara para não espantar os clientes, que podem ficar com receio de que algum funcionário esteja doente. O problema é que estamos em contato direto com milhares de cliente todos os dias, sem saber se estão ou não doentes e colocando nossa vida em risco.” Disse uma operadora de Caixa que preservaremos a identidade.
O blog visitou restaurantes, lojas, padarias, farmácias e outros estabelecimentos comerciais. Em todos, os operadores de caixas, que mantém contato direto com o público em geral, estavam usando máscaras e equipados com um frasco de álcool em gel que foi oferecido ao cliente para higienização após uso da máquina de cartão de credito,
Enquanto os pequenos comerciantes amargam a queda nas vendas no comercio local, o Grupo Mateus, formado pelas empresas Camiño, Armazém Mateus, Mix Atacarejo, Mateus Online e Mateus, estão lucrando dezenas de milhões com a pandemia no Maranhão.
Nos últimos dias, os caixas dos supermercados Mateus permanecem lotados do horário de abertura das lojas até o minuto em que os estabelecimentos fecham. O movimento já é associado ao mesmo do período natalino.
Os maranhenses, em especial da capital, tem corrido aos estabelecimentos para garantir estoque de alimentos e o supermercado aproveita para lucrar.
O grupo FC Oliveira, ligado ao prefeito de Codó, Francisco Nagib (PDT), deu o primeiro grande exemplo da iniciativa privada no Maranhão em combate ao Covid-19. A empresa fez a doação de uma carregamento de álcool em gel que será usado na rede pública de saúde do Estado.
Pelas redes sociais, os secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, divulgou a bela ação do grupo empresarial. “Agrademos à empresa maranhense FC Oliveira que doou dezenas de caixas de álcool em gel para as nossas unidades de saúde. Que mais empresários possam copiar esse belo exemplo! Vamos vencer juntos essa batalha!” postou.
Grupo Mateus lucra com pandemia
Já o grupo Mateus, que conta com 51 empreendimentos no mercado maranhense segue lucrando com a corrida da população às lojas para estocar alimentos.
O jornalista Vinicius Praseres esteve em uma das lojas e registrou uma multidão nas filas dos caixas.
Até o momento, não foi divulgado nenhuma ação do Grupo Mateus para ajudar a população maranhense.
Nos estabelecimentos, Operadores de Caixa seguem mantendo contato com milhares de pessoas diariamente sem nenhuma proteção.
Milhares de trabalhadores informais sofrem com a queda no comércio local, e a doação de cestas básicas seria apenas um pequeno gesto da empresa que mais lucra no Estado em seu seguimento.