Sonho antigo dos moradores de Matinha, o acesso a Orla do Lago João Luís, deve virar caso de investigação pela Polícia Federal e complicar a vida do casal Eldo Jorge e de sua esposa, a prefeita Linielda, suspeitos de fraude no contrato de quase R$ 3 milhões de reais para pavimentação da via.
A novela começa com a contratação da empresa TPCO Engenharia LTDA, inscrita no CNPJ nº 08.931.964/0001-65, em 30/08/2019, para a obra de acesso a Orla do Lago João Luís.
Logo em seguida, mesmo sem avançar na primeira obra de pavimentação, a mesma empresa assinou um segundo contrato de R$ 983.310,00 para recapeamento asfáltico em ruas da cidade.
Estranhamente, a empresa TPCO que não avançava na Obra de acesso a Orla, seguia recebendo pagamentos pelos supostos serviços de tapa-buracos na cidade, somando um total de R$ 593.891,00 recebidos por esses serviços.
Já a primeira obra, de acesso a Orla, a empresa foi notificada e a Prefeitura desfez o contrato, argumentando abandono da obra. A MRA Soluções em Engenharia Eireli assumiu a obra quase um ano depois, no dia 05/08/2020.
No dia 25/11/2020, na semana que antecedeu as eleições, a empresa MRA emitiu nota fiscal no valor de R$ 302.390,81 reais alegando ter realizado o serviço de pavimentação asfáltica do acesso a Orla do Lago João Luís. Na nota, consta o carimbo e assinatura do Secretário de Infraestrutura George Washigton P. Braga atentando a realizando da pavimentação asfáltica.
Diante das graves denúncias, o secretário de Infraestrutura do município foi convocado a comparecer na Câmara Municipal para prestar esclarecimentos, no entanto, ignorou as prerrogativas dos parlamentares.
A convite dos moradores, o vereador Mastrangelo Rabelo (Republicanos), esteve na comunidade e verificou inloco que nunca houve a pavimentação de nenhum metro sequer.
Para piorar a situação, os moradores registraram em fotos, que o pouco serviço de terraplanagem está sendo feito por duas máquinas pertencentes ao próprio município.
O parlamentar, que integra o grupo da oposição, disse que representará a suposta irregularidade na Polícia Federal, por se tratar de recursos federais.
“Estive no local e verifiquei que o município de Matinha pagou mais de R$ 300 mil reais por uma obra que podemos considerar fantasma, já que não há nada feito e para piorar verificamos que apesar de um empresa privada ter sido contratada por quase R$ 3 milhões de reais, são máquinas da própria prefeitura que estão realizando lento serviço. Infelizmente, o que vejo é que o sonho dos moradores está virando pesadelo graças a incompetência da gestão municipal”, destacou o parlamentar.