Desgastada perante os moradores do município de Cajari, a prefeita Camyla Jansen (DEM) bem que tentou limpar sua barra e posar de favorita na eleição municipal de novembro.
A gestora, que tentará a reeleição mesmo carregando nos ombros uma rejeição popular estratosférica, surfava, desde o início deste mês, nos números de uma pesquisa de intenção de votos contratada pela Rádio Maracu Ltda, cuja sede fica na cidade vizinha de Viana.
Os índices do levantamento colocavam Camila à frente em todos os cenários.
No entanto, a farsa durou pouco tempo.
A juíza Carolina de Sousa Castro, titular da 20ª Zona Eleitoral de Viana, emitiu sentença (veja Aqui) determinando a imediata suspensão da divulgação dos dados do levantamento.
Segundo a magistrada, o processo de coleta de dados apresenta-se em desacordo aos requisitos legais estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Só para se ter uma ideia, a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral no dia 24 de agosto, tendo data de divulgação prevista para o dia 30 do mesmo mês.
No entanto, o período de coleta de dados informado variou entre os dias 01 e 02 de setembro, situação que não se adequa ao artigo 2ª da resolução nº 23.600/09, do TSE.
Além de determinar a suspensão da divulgação dos números, a magistrada impôs penalidades em caso de descumprimento da sua decisão, como o pagamento, por parte da Rádio Maracu, de multa, cujos valores, variam entre R$ 53 mil e R$ 106 mil.