Com apenas 291 casos confirmados no município e uma população estimada em pouco mais de 20 mil habitantes, o desgastado prefeito Alexandre Costa, do mesmo partido do governador do Rio de Janeiro, alvo de investigação da Polícia Federal e do pastor Everaldo, presidente nacional do PSC preso nesta sexta-feira (29), terá que dar explicações sobre o destino de quase R$ 3 milhões recebidos para o combate ao novo coronavírus.
No site da prefeitura, poucas informações estão disponíveis, contrariando a legislação que obriga o município a fornecer total transparência, principalmente em relação a dados do Covid-19 e recursos financeiros vinculados ao combate da pandemia.
Entre as popucas informações encontradas no portal da transparência, estaria um contrato de mais de R$ 1,2 milhões de reais com a Dimensão Distribuidora de Medicamentos, do empresário Jadyel Alencar. A empresa, com sede no Piauí, ficou conhecida no Maranhão por suspeita de fraudes em diversos contratos com municípios maranhenses.
Em março deste ano, o Ministério Público pediu o bloqueio de mais de R$ 6 milhões da Dimensão por suspeita de fraude em contratos bem parecidos com o contrato assinado com a prefeitura de Dom Pedro.
Entre os materiais fornecidos para a população do município, estaria mais de R$ 70 mil reais só com soro. (Confira o contrato e a relação de matérias fornecidos aqui)
Outro contrato que chama atenção é com a Megafarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos Eirelli, com sede em Santa Inês. O contrato com a empresa supera a quantia de R$ 1,6 milhões de reais. (Veja o contrato completo aqui)
Entre os materiais fornecidos, estariam quase R$ 200 mil reais em creme vaginal e cerca de R$ 86 mil reais só em atadura.
Os vereadores do município devem protocolar junto ao MPF, Polícia Federal e MPE, pedido de investigação para saber aonde foram aplicados de fato, os quase R$ 3 milhões do Covid-19.