O Governador Flávio Dino (PCdoB) aproveitou sua primeira grande oportunidade para mostrar o tamanho real do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que tem promovido uma verdadeira crise diplomática a cada vez que abre a boca para falar das Queimadas da Amazônia.
Durante reunião dos governadores da Amazônia Legal, que aconteceu nesta terça-feira (27), em Brasília, Bolsonaro engoliu à seco, ponderações cirúrgicas feitas pelo governador do Maranhão, que ganhou visibilidade nacional ao ser citado por Bolsonaro como governador Paraíba.
Dino fez avaliações pontuais sobre o resultado negativo que o país pode sofrer por conta da crise mantida pelas falas de Bolsonaro ao presidente da França, Emmanuel Macron.
“Não podemos repelir ações cooperadas. Claro, que, preservado o valor da soberania nacional, o diálogo com outros países é imprescindível. Se o Brasil se isola no cenário internacional, ele se expõe a sanções comerciais gravíssimas contra os nossos produtores. Então, defender o Brasil, defender a soberania, defender a economia exige o diálogo com outros países”, disse Dino.
O comunista também saiu em defesa das ONGs sérias, condenou a postura de Bolsonaro e disse que é preciso separar o joio do trigo.
“Não sou daqueles que satanizam, demonizam ONGs. Acho que isso é um equívoco, porque temos ONGs de imensa seriedade no mundo e no Brasil. Precisamos sempre separar, como diz a Bíblia, o joio do trigo. Não podemos dizer que as ONGs são inimigas do Brasil. Não será tocando fogo nas ONGs que nós vamos salvar a Amazônia. É preciso distinguir entidades da maior seriedade que atuam no Brasil há muitas décadas, universidades, institutos, igrejas”, finalizou o maranhense.
Nesse primeiro confronto entre Bolsonaro e Dino, o nordestino saiu vitorioso e deixou o capitão reformado literalmente sem palavras.