Kabão divulga pesquisa, mas esconde cenário espontâneo em Cantanhede

O ex-prefeito do município de Cantanhede, Zé Martinho, popularmente conhecido como Kabão, divulgou nesta terça-feira (15), através de seus aliados, uma pesquisa que teria sido feita pelo Instituto Exata, na qual, o ex-prefeito aparece bem posicionado em alguns cenários escolhidos por eles.

Curiosamente, o cenário espontâneo, que é aquele no qual o eleitor diz exatamente em quem pretende votar, sem ser induzido, e que é o que chega mais perto da realidade, não foi divulgado.

Em um dos cenários desenhados pelos contratantes, Kabão aparece com 50% das intenções; seguido do atual prefeito Ruivo, com 25%; e do pré-candidato Maranhão, com 12%. Brancos e nulos somam 5% e não sabem ou não quiseram responder com 8%.

Em todos os outros cenários escolhidos pelo contratante, a situação é favorável para o ex-prefeito.

Resta saber agora, o que acontecerá com a dezena de processos por desvio de dinheiro público e se Kabão poderá ser candidato ou será enquadrado na lei Ficha-Limpa.. ou suja!

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“Oito anos de trabalho destruídos em apenas um ano. O Povo de Cantanhede tá pagando caro”. Desabafa Cabão.

A matéria publicada com exclusividade pelo blog Maramais, na manha desta segunda-feira, 02, que revelou o rastro de destruição causado pela gestão do prefeito Ruivo (PSD), no município de Cantanhede, deu o que falar nos quatro cantos da cidade.

Leia também: Em pouco mais de um ano, Ruivo deixa frota virar sucata em Cantanhede

Após publicação, a postagem bateu recorde de visualizações, com mais de mil leituras em poucas horas, e recebemos do ex-prefeito Cabão, um vídeo que mostra a frota deixada no dia 30 de dezembro de 2016.

Como se pode ver no vídeo, são dezenas de carros percorrendo a cidade, o que prova que os veículos foram entregues em excelente estado.

Cabão conversou com nossa reportagem e lamentou o rastro de destruição causado pelo atual prefeito.

“No dia 30 de dezembro, eu mostrei pra população de Cantanhede, tudo que ia deixar. Todos esses carros. Pra você ter uma idéia, o cara  acabou tudo dentro de um ano. Tirando pneu de um, tirando peça de carro, peça de motor, um descaso com a administração publica. Uma irresponsabilidade muito grande. Tanta dificuldade pra eu conseguir essas coisas, você sabe que no Governo Federal, pra você conseguir um convênio é a coisa mais difícil, mas eu consegui com toda dificuldade , e o cara – Ruivo –  destruiu tudo. É lamentável aqui em Cantanhede. Foram oito anos de trabalho destruídos em apenas um ano.” Destacou o ex-prefeito.

O ex-prefeito fez outra denúncia ainda mais grave. Segundo Cabão, as crianças do município correm risco de vida, pois até no transporte escolar, o atual prefeito acabou com os monitores que acompanham as pequenas crianças durante o transporte escolar.

“Esse cara acabou com a Cidade, com tudo, fechou a maioria das escolas. As criançinhas andam sem ninguém dentro do ônibus. No meu tempo, existiam monitores e tratávamos as crianças com carinho e segurança. O povo tá pagando caro!” Alertou Cabão.

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Em nova irregularidade, MP pede bloqueio dos bens do ex-prefeito de Cantanhede

A reprovação das contas de um convênio firmado com a Secretaria de Estado de Cultura (Secma) para realização do Carnaval 2014 em Cantanhede levou o Ministério Público do Maranhão (MPMA) a solicitar, em 16 de outubro, a indisponibilidade dos bens, até o limite de R$ 125,8 mil, do ex-prefeito José Martinho Barros. O pedido foi formulado pelo promotor de justiça da comarca, Tiago Carvalho Rohrr.

IRREGULARIDADES

Nas contas do convênio nº 076/2014, foram constatadas a ausência de informações sobre ações programadas e executadas; diferenças entre as datas estabelecidas e o período de execução.

Outras irregularidades foram a inexistência de contratos de exclusividade entre o Município e a empresa V. Mendonça da Silva-ME, registrados em cartório, além da falta da assinatura do ex-prefeito na lista de bens.

Barros foi notificado duas vezes para regularizar a prestação de contas mas as inconsistências não foram corrigidas. A omissão levou a secretaria imputar ao ex-gestor multa de R$ 125,8 mil.

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Além da indisponibilidade de bens, o Ministério Público pede a condenação do ex-prefeito

às penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992).

Entre as penalidades estão o ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda de eventual função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos e pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano.

Outro pedido é a condenação de José Martinho Barros à proibição, por cinco anos, de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais e/ou creditícios, direta ou indiretamente, mesmo que por meio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.

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Cabão segue colecionando ações na justiça

Uma licitação irregular, realizada em 2012, para a construção do matadouro de Cantanhede levou o Ministério Público do Maranhão (MPMA) a ajuizar, em 26 de julho, uma Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa em desfavor do ex-prefeito José Martinho Barros, do ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) do município, Nélio Barros Júnior, e da empresa Andrade Variedades e Participações LTDA.

A manifestação, formulada pelo promotor de justiça da comarca Tiago Carvalho Rohrr, é baseada no Processo Preparatório nº 013/2012, que apurou irregularidades no contrato no valor de R$ 602.61,82 firmado entre a prefeitura e a empresa, resultante da Tomada de Preços 007/2012.

IRREGULARIDADES

As ilegalidades observadas incluem a falta de pesquisa de preços e a inexistência de recursos orçamentários para o pagamento do valor total do contrato.

Também não foram verificadas a autorização para a abertura do procedimento licitatório, a publicidade da licitação em um jornal de grande circulação e a publicação do resumo do contrato na imprensa oficial até o quinto dia útil do mês subsequente à assinatura, como exige a Lei de Licitações (Lei 8666/93, de 21 de junho de 1993).

Outra irregularidade constatada foi a exigência de visita técnica prévia ao local do matadouro. Para o MPMA, isso restringiu a competitividade, violando a Lei de Licitações. “A exigência limitou o universo de competidores, porque acarretou ônus excessivo aos interessados que se encontram em locais distantes”, explica o promotor, na ação.

PEDIDOS

O MPMA solicita a condenação dos réus à perda da função pública; ressarcimento integral do dano; suspensão dos direitos políticos; pagamento de multa civil, e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.

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