Desde que assumiu a direção estadual do PSDB, em dezembro de 2017, o senador Roberto Rocha, eleito em 2014 pelo grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), transformou o gigante Tucano em um ninho de derrotas.
Sua chegada, vista com desconfiança por muitos, fez políticos de mandato abandonarem o partido, caso do deputado estadual Neto Evangelista, do suplente de senador Pinto Itamaraty e do vice-governador Carlos Brandão, que à época, deixou o partido e garantiu que levaria 25 prefeitos com ele.
Em 2018, Roberto Rocha enfrentou seu ex-grupo e junto com nomes conhecidos da política maranhense, levou uma verdadeira lavada nas urnas.
Na disputa pelo Governo do Estado, o PSDB com a candidatura de Roberto Rocha obteve míseros 2,05% dos votos, ficando à frente somente do folclórico Ramon Zapata, que obteve 0,36% dos votos, uma verdadeira vergonha para um senador de mandato.
Já na tentativa de conseguir uma das duas vagas do senado, a péssima articulação de Roberto Rocha fez o ex-governador Zé Reinaldo passar a maior vergonha da sua história política, obtendo apenas 3,38% dos votos, ficando atrás até do desconhecido Samoel de Itapecuru (PSL), que obteve 4,47% dos votos.
Com sonho de se tornar senador, o ex-deputado estadual Alexandre Almeida também caiu na barca furada do senador e amargou outros míseros 3,37% dos votos.
O pacote de derrotados continuou na disputa por uma vaga na Câmara Federal. Associados à imagem de Roberto Rocha, também passaram vergonha o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB); o ex-deputado federal Waldir Maranhão (PSDB); e mais um punhado de candidatos desconhecidos que juntos não conseguiram eleger sequer um deputado para a Câmara Federal.
Outro que também passou vergonha nas urnas por ter sua imagem associada ao do senador Roberto Rocha foi o novato Guilherme Paz (PSDB), filho dos ex-deputados Clodomir Paz e Graça Paz (PSDB). Promessa nas urnas com a força da Codevasf e imagem leve, Guilherme ficou apenas na vontade.
Ironicamente, a única vitória no ninho tucano desde que Roberto Rocha assumiu o comando do partido, foi a do deputado Wellington do Curso (PSDB), reeleito com 24.950 votos, praticamente a mesma votação de 2014, mostrando que os votos foram frutos do seu primeiro mandato.
Agora, Roberto Rocha quer sepultar o projeto de Wellington do Curso, de disputar a prefeitura de São Luís pelo PSDB.