Denúncias apontam que o prefeito contratou um ônibus registrado no Ceará, em nome da própria esposa
O blog Maramais recebeu mais uma denúncia do prefeito Sydnei Pereira (PCdoB), do município de Anajatuba. Desta vez, Sydnei é acusado de contratar um veículo de propriedade da primeira-dama para uso no programa Caravana do Esporte.
De acordo com documentos obtidos com exclusividade pelo blog, o Ônibus registrado em Fortaleza-CE está no nome da primeira-dama, Luciana de Jesus Ramos.
No Portal da Transparência do Município, que está desatualizado, não há nenhum contrato especificando o uso do veículo pelo programa esportivo.
Questionado sobre a suposta ilicitude, após cinco horas, a Assessoria de Comunicação do Prefeito disse que pela quantidade de habitantes no município, não há necessidade de publicação em Diário Oficial e encaminhou um contrato de gaveta, feito supostamente às pressas para dar aparente legalidade, sem registro em cartório, sem assinatura de testemunhas, apenas com as assinaturas do prefeito e de sua esposa, o que demonstra claro vicio.
O mais estranho é que o documento foi datado de 22 de julho, quase um mês após o lançamento do Programa, que aconteceu dia 29 de junho, como provam as publicações em blogs ligados a administração, (veja aqui, aqui e aqui) mostrando que o veículo foi usado pela Prefeitura sem nenhuma legalidade, o que pode incorrer em mais um ato de improbidade administrativa do Prefeito.
Sonegação de impostos em loja de Veículos
Sydnei e a esposa são profundos conhecedores do ramo de veículos. Em São Luís, eram proprietários da Anavel Veículos LTDA.
A empresa foi fechada em 2018, na fase final de um processo em que a Prefeitura de São Luís cobrava impostos sonegados pelo casal.
Em março deste ano, o juiz Manoel Matos de Araújo Chaves deu prazo de 30 dias para atualização da dívida e lista de bens a serem penhorados.
Mesmo com residência na Quintas do Calhau, área nobre de São Luís, a primeira-dama preferiu registrar o veículo que está sendo usado pela Prefeitura em outro Estado, o que pode ser uma tentativa de dificultar o bloqueio dos bens.
Esse é mais um caso de suspeita de irregularidades na gestão do prefeito Sydnei, que é alvo de várias denúncias, o que resultou na fiscalização da CGU em abril deste ano.